terça-feira, maio 31, 2011

NIGHTS NOS ESTADOS

Fiz uma viagem junto com outros amigos durante o mês de Maio pelos Estados Unidos. E, como em todas as minhas viagens, a trabalho ou para fazer turismo, não poderia deixar de conhecer as nights/baladas de cada cidade, pra depois poder comentar aqui e colocar alguns vídeos, eventualmente.

As cidades visitadas, de oeste para leste, foram San Francisco (5 dias) e Los Angeles (2 dias) no estado da California, Las Vegas (5 dias) no estado de Nevada, New York (5 dias) no estado de New York e Miami Beach (3 dias) na Florida.

Pra começar, as músicas que tocam nas nights lá são basicamente as mesmas em todos os clubs, e os caras chamam essa seleção de "TOP 40's". Não ouvi nada muito diferente do que toca no Brasil, a não ser por um ou outro lançamento que ainda não chegou por aqui, como por exemplo a música "6 Foot 7 Foot" do Lil Wayne. Mas o que me chamou mais a atenção não foi a parte musical, mas sim a infraestrutura dos clubs, que estão muitos anos-luz à frente de qualquer coisa que exista no Rio de Janeiro, São Paulo ou outra capital por aqui.

A gente descobriu um esquema muito bom pra saber quais são e ir direto aos bons locais da cidade, onde os locais também vão, e sem perder muito tempo: encontrar um VIP HOST local, ou seja, um cara que te assessora sobre qual a melhor night daquele dia, te busca no hotel com o carro dele, te coloca pra dentro do club sem fila, e te mostra como funcionam as coisas naquele local, como é a cultura da casa, o tipo de música, os spots, etc. Isso nos custou até U$ 100 por pessoa por dia (o mais caro), e somente nos dias e em locais mais disputados pelo público. Mas, posso dizer que vale muito a pena, sobretudo se você estiver num grupo grande de homens num local que tenha uma fila muito grande (1 a 2 horas de fila, com risco de não entrar...). Um dos cavalheiros que nos prestou esse serviço foi o Mr. Pink, em Las Vegas. O bom foi que ele indicou outros amigos dele que prestam o mesmo tipo de serviço nas próximas cidades que iríamos visitar.

Mas, mesmo sem o VIP HOST, ainda é possível entrar nas nights dessas grandes capitais americanas. Se você chegar na porta e falar com o/a hostess, e estiver num grupo com mais homens que mulheres, vai ser gentilmente informado de que para entrar tem que "comprar uma mesa".

Uma mesa custa de U$ 350 a U$ 500, mais ou menos, e dá direito a uma garrafa de 1 litro vodka, somente. Se quiser beber mais, tem que pagar mais -- seja na mesa, ou no bar (mais barato). 

Mas nós, Brasileiros malandros que somos, descobrimos uma outra forma de entrar sem precisar gastar os tubos... basta chegar no local da night um de cada vez, e abordar o hostess dizendo que está sozinho, e que suas "5 amigas Suecas" já entraram antes de você, e estão lá dentro te esperando. É batata: um por um, todos entrarão, com a maior calma do mundo. Mas é claro, esse esquema só faz sentido se não houver fila na porta. Caso haja fila, a melhor coisa é pagar uma mesa ou contratar um VIP HOST.

As nights que fizemos em cada cidade foram:

San Francisco

Infusion - Melhor night, melhor infraestrutura. Não se espante com a proporção absurda de chineses em relação às demais etnias do mundo. Eles chegam todos juntos de limosine, e têm 1,40m de altura, no máximo.

Redwood Bar - É um happy hour meio mistureba, tanto de pessoas quanto de músicas. É uma atração turística, pois o bar inteiro é feito da madeira de uma única árvore (redwoods são árvores colossais que existem nos EUA). Bem, me pareceu que: todo mundo sai do trabalho (de terno e gravata) e vai direto pra lá, e se mistura com umas mulheres com aspecto de prostitutas. Tem gente de todas as idades, de 20 a 60, poucos chineses, e ninguém presta atenção na música que tá rolando, por isso o DJ acaba tocando de tudo um pouco, de MINIMAL TECHNO a HIP-HOP.

Ruby Skye - Tourist trap total. Night estranha, com gente esquisita. Quantidade exagerada de pessoas com aspecto de drogadas, e o DJ era um travesti que tocava um HARD TECHNO sinistro. Assim como no Redwood, ninguém parecia estar ligando muito pra música, desde que a balinha ainda estivesse batendo forte...

Las Vegas

TAO Night Club - Segunda melhor night de Las Vegas, pelo menos das que eu fui. Fica dentro do Venetian, e quem está hospedado lá não paga nada -- basta apresentar o cartão do quarto. Foi lá que conhecemos Mr. Pink. Como toda night em Las Vegas, pode fumar à vontade lá dentro. Tinha umas mulheres contratadas pra ficar dentro de banheiras com pétalas de rosa, o que enfeita bastante o ambiente, e às vezes elas resolvem fazer massagem umas nas outras. Tem uma parte aberta que é bem legal, e o som é maneiro também.


Encore XS - Pra mim, a melhor night de Las Vegas. O club fica dentro do Encore/Wynn (ou um dos dois, não descobri direito), que é uma rede fodona de hotéis. O som é bom, o público é amigável, o local é gigante, com vários bares, vários ambientes, é fácil de pegar bebida.


Marquee - Não gostei muito porque achei o público meio mal encarado. As pessoas estavam de cara fechada, meio que esbarrando, querendo arrumar confusão. Foi uma coisa generalizada, e não um caso único isolado. Isso não aconteceu necessariamente comigo, mas vi rolar isso com outras pessoas. Ponto alto da noite foi o jato de ar GELADO que sai do teto, que algumas vezes fica ligado por várias dezenas de segundos, e que não dá pra ver nada... Doideira total, mas não recomendado pra quem tem claustrofobia.


Wet Republic - Melhor pool party. Gente maneira, clima alto astral, piscina boa, DJ animado, música boa, bar com bom atendimento, etc.


Rehab - Pool party deprimente. Não quisemos ouvir o conselho do nosso amigo Mr. Pink e fomos pra lá de qualquer jeito, ignorando os conselhos dele. Lugar esquisito, cheio de "meetheads", piscina "suja", mulheres com aspecto de prostitutas, etc. Caído, não recomendo.


New York


Kiss and Fly - Night famosa de NY, mas local extremamente disputado do lado de fora, por quem quer entrar. Parecia uma final de FLA x FLU no Maracanã. Por sorte tínhamos a companhia de um promoter local que era Brasileiro e nos ajudou de forma espetacular. O local em si é meio apertado, e quando chegamos tinha muita gente se empurrando que nem louco na pista de dança, caindo em cima das mesas de bebida, fumando maconha, etc. Ouvimos falar que era o primeiro final de semana de férias, então muita gente mais nova saiu pra night naquele dia, então pode ter sido isso.


Butter - Nightzinha no subsolo de um restaurante, clima legal, mas o espaço era meio pequeno. O som era bom também, e o atendimento do bar também. Só que, por algum motivo, a night não encheu o suficiente, e os promoters ou donos do local resolveram encerrar mais cedo, expulsando todo mundo antes das 3am. Também fiquei puto porque fui fumar um cigarro do lado de fora e deixei minha bebida com uma hostess que estava do lado de dentro, e quando voltei a bebida tinha sumido. Nem me deram satisfação.


Hudson Rooftop - Seguindo a dica de outro promoter local, fomos pra essa festa no terraço de um prédio (parece que é coisa comum em NY). Night animada, bom DJ, clima legal. Na abertura da pista o teto retrátil abriu, e pudemos ver o céu de NY. Nada a reclamar também, lugar bacana e vale a pena conhecer.


1OAK - Tinham me falado que era o local que estava bombando mais em NY, mas não achei nada demais. Chegamos num domingo às 22h, seguindo a dica de um amigo Brasileiro que já morou lá, mas o local só abria meia-noite. Fomos um dos primeiros a entrar, e pegamos uma mesa (fomos obrigados). Não achei NADA demais, não recomendo.

Miami


Tantra - Numa quarta-feira, sem ter o que fazer, fomos pra esse local. Casa bem pequena se comparada com todas que já tínhamos ido na viagem. O cardápio musical só tinha DEEP HOUSE, e o DJ era acompanhado por um baterista, que ficava só ensurdecendo o público e atrapalhando o DJ nas mixagens. Um lixo. O local também me pareceu meio improvisado e apelativo (garçonetes com aspecto de puta), e a área "normal" estava muito mais vazia que a área "VIP", só que o preço pra migrar de uma pra outra era U$ 40. Pra quem já tinha pago U$ 30 pra entrar na casa, não dava pra complementar não... Ficamos junto com a plebe.


Arkadia - Indicação de um VIP HOST local, fomos pra lá depois de fazer um happy hour num outro local que eu agora me esqueci o nome (que também era um lixo). O local ficava num hotel a uns 10 min de South Beach (Lincoln ave), e o clima e o som eram MUITO bons. Pena que chegamos quase no final da noite, mas pelo menos usamos o esquema de entrar "um por um", e acabamos não pagando NADA pra entrar desta vez.


Liv - Melhor night da viagem. Esse club tem uma cúpula/domo GIGANTE com luzes cobrindo toda sua extensão, que lembravam uma nave espacial. O som era no esquema "TOP 40's", a infraestrutura era muito boa, inclusive os caras que trabalham no banheiro usam terno e gravata e falam português com nossas gírias locais. O atendimento foi muito bom também, e ainda pudemos ver, de graça, um pocket show do C-Lo Green, que estava comemorando seu aniversário naquele local, e cantou pra galera as músicas CRAZY e FUCK YOU. Simplesmente incrível!
 
Abaixo, os vídeos dos clubs LIV (Miami) e Marquee (Las Vegas).






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