terça-feira, julho 06, 2010

D-EDGE AGORA É ESCOLA PARA DJS


Não sei se discotecagem é o tipo da coisa que se aprende na escola, mas por outro lado acho que fazer a coisa bem estruturada e organizada dessa maneira tem o seu valor. Fato é que a D-EDGE, junto com a Pioneer e uma escola de música chamada Instituto de Música Eletrônica Dub Music abriram um curso pra DJ em SP que vai prover, além do treinamento na nobre arte, a oportunidade de tocar na D-EDGE ao final do curso.

De cara, já deu pra perceber que, obviamente, quem vai fazer esse curso, não é marinheiro de primeira viagem. Seria impossível preparar alguém em 2 meses para que esteja tocando tão bem ao ponto de tocar num club como a D-EDGE...

Isso porque eu costumo comparar o aprendizado da discotecagem como o aprendizado de um instrumento musical, como o violão. Estou colocando a coisa dessa maneira porque eu toco violão/guitarra desde os 10 anos de idade, e sei como funciona o processo de aprendizado: normalmente um amigo ensina os 7 acordes básicos, além das suas principais variações (menor, maior, com sétima, sustenido e bemol). Daí em diante é só ir comprando as revistinhas de violão nas bancas de jornal (isso em 1990, hoje em dia acho que as tablaturas e cifras devem estar todas disponíveis na internet) e aprendendo música a música. Depois, tudo depende de muito treino: tanto da agilidade motora (das mãos) quanto o treindo do ouvido, que tem que estar apto a propiciar desde a afinação do instrumento quanto a "tirar" músicas de ouvido por conta própria.

Eu aprendi a tocar violão exatamente desse jeito. No início peguei dicas com amigos, e o resto foi por conta própria, ao custo de muito treino e dedicação. A mesma coisa foi com as picapes, com a diferença que demorei muito mais tempo pra conseguir juntar dinheiro e comprar meu equipamento próprio. Mas, musicalmente falando, a história é basicamente a mesma.

Já pro DJ aprendiz, acho que algumas noções de tempo, estrutura musical, dentre outras coisas, são técnicas necessárias. O bom DJ tem o dom de saber mixar duas músicas com perfeição, sem depender de aparatos eletrônicos, mas contando somente com seu ouvido treinado e sua coordenação motora e agilidade nos pratos e no mixer. Bom gosto é difícil de ensinar, mas dá pra pegar algumas manhas pra quem já tem algum dom nesse aspecto. Depois das etapas mais básicas, técnicas mais avançadas como o scratch podem ser um diferencial - até porque não vejo muita gente fazendo isso hoje em dia.

Bem, eu moro no Rio de Janeiro, não terei a oportunidade de fazer o curso, mas se morasse em SP acho que tentaria me inscrever. Não somente pelo aprendizado técnico em si, mas pela oportunidade de networking e de poder eventualmente tocar num dos melhores clubs do mundo. Maiores informações, aqui da fonte.

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