terça-feira, maio 15, 2007




Skol Beats 2007

Finalmente arrumei tempo pra escrever, antes tarde do que nunca. Algumas pessoas já estavam me perguntando sobre uma resenha do evento, mesmo que simples, e eu sei que estava no débito. As coisas estavam meio complicadas, mas aí vai... Resolvi dividir a análise por tópicos, pra facilitar o entendimento, na medida do possível.


Espaço Físico (acessos, área útil)

Em primeiro lugar, devo destacar que não sei exatamente como estava a aglomeração na entrada normal do evento, e nem poderei comparar com o ano passado, pois dessa vez consegui descolar ingressos VIP, e a entrada era num portão diferenciado, o de número 14. No primeiro dia, o táxi deixou a gente na frente do portão e atravessamos o pórtico a pé mesmo. No segundo dia, o segurança mal informado não queria deixar a gente passar, alegando que ali só passava quem tava de carro (dentro do carro). Argumentei que na noite anterior eu tinha entrado por ali, mas ele insistiu que eu deveria procurar outro portão, mesmo estando sem carro na parada. Pra quê? Esperei embicar o primeiro carro no portão e todos nós pegamos uma carona com o paulista gente fina. Passei dando tchauzinho debochado pro cara. :)


Day 1

No primeiro dia, um sinal de desorganização... Logo que entramos (Eu, John, Luke Skywalker e Banda Calypso), a única coisa que prestava era o carimbo que marcavam no nosso pulso dizendo pra não voltar dirigindo (e mesmo assim, até parece que um bêbado vai lembrar de olhar o pulso, e mesmo que lembre, não conseguiria ler nada, pois o negócio ficava todo borrado no final da noite) e um breve roteiro do evento impresso em papel e com uma cordinha pra amarrar no pescoço, com mapa e as atrações dos dois dias. Um problema: não tinha os horários, só as atrações.

Ao cruzar a roleta, em torno de 00:30, praticamente sem ninguém na fila, colocamos a pulseirinha VIP e partimos pra dentro. A primeira coisa que pensamos foi: "vamos encontrar a área VIP, deve ter bebida liberada, comida, gente bonita ou algo assim". Ficamos mais ou menos uma hora procurando a tal área preivilegiada, correndo pra cima e pra baixo e perguntando pra todo mundo que tava identificado com a camisa do evento e pros seguranças. Ninguém sabia dizer onde ficava a área VIP. É claro, não tinha área VIP nenhuma - o ingresso especial só garantia o estacionamento. E, como nós tínhamos ido de táxi, nem aproveitamos a regalia.
Abaixo, nosso vídeo entrando na área VIP. NINGUÉM EM VOLTA DA GENTE! Completamente diferente do ano passado.

Nosso primeiro destino foi a tenda Urban Beats, por engano. Por alguns minutos achamos que estávamos na DJ MAG e o som estava com algum problema, que tinha alguma coisa errada: tava rolando um hip-hop dos manos paulistas. Quando nos demos conta que tínhamos ido pro lugar errado, partimos direto pra DJ MAG, onde tava rolando um ELECTRO de classe. Pelo horário que ficamos lá, assistimos D-RAMIREZ, Paulinho Boghosian e David Guetta (tenho alguns vídeos gravados com as mais famosinhas, tipo The World is Mine). Neste dia, não sei o que deu em mim, senti um sono incontrolável lá pelas 5 horas da manhã, e tive que ir pra casa dormir, deixando de ver as últimas atrações do primeiro dia.

A primeira impressão que tive, quando acordei no hotel no sábado de manhã, era a de que a maioria das pessoas estava cansada na sexta-feira, e que todo mundo acabaria preferindo ir no evento só no sábado, e que fatalmente tudo estaria mais cheio e mais bombante. De fato, na sexta-feira devia ter comparecido uns 40% do público total estimado (estimativa pessoal minha, calculada empiricamente). Nos bares, havia filas e mais filas de atendentes bem humorados, de pé e braços cruzados, a postos, sem fazer nada, só aguardando os bêbados, que não compareceram.

Falando em bêbados, o preço da cerveja (ou era chopp? Não me lembro) estava ótimo. Estavam servindo uma caneca de uns 400 ml (eu acho) por R$ 2,50. Na realidade era uma promoção, duas canecas por R$ 5,00. Uma pechincha. A água era meio esquisita, servida numa embalagem do tipo Tetra Pak (embalagem de leite, toddyinho, essas coisas), com muito pouca água, a R$ 2,00 a unidade.


Day 2

No segundo dia estávamos mais descansados e preparados. Depois de uma tarde de relaxamento no Shopping Center Norte, começamos o warm up um pouco mais cedo, com a presença de Flash Dance e Matrix, e algumas fantasias recém-adquiridas na loja de fantasias da esquina. Bastante animados, seguimos para o Campo de Marte (local de realização do evento, do lado do sambódromo e do Anhembi, os lugares do ano passado), e aí que rolou aquele probleminha no portão 14 que citei ali em cima, sobre entrar no Skol Beats andando, a pé. Chegamos e fomos DIRETO pra tenda Marky & Friends, onde estava rolando aquele Drum & Bass frenético. Chegamos na tenda no horário exato do DJ Marky, em torno da meia-noite, e encontramos muita gente conhecida na pista, tanto do Rio quanto de Sampa (Rodrigo S, Pedrinho Spleen, Gnomo e outros). O nosso grupo tava grande, e a animação em função das batidas quebradas e scratches e mixagens iradas também. O momento alto do set, na minha opinião, foi na hora que ele começou a fazer scratches de cabeça pra baixo - nunca tinha visto ao vivo, achei fantástico e impressionante. Não dá pra negar que o cara ainda é o melhor DJ do mundo, sem dúvida. Pode não ser pela votação popular (afinal, Drum & Bass não é tão popular assim), mas certamente pela técnica apurada, incontestável.

Depois do Marky, ainda vimos um pedacinho do Friction, e aí partimos pras demais tendas. Ficamos circulando entre o Skol Live Stage e o Terra The End durante todo o final do evento, curtindo atrações do tipo Anderson Noise (excelente!), Simian Mobile Disco (não sei se demos azar, mas durante o período em que estivamos lá aguardando ansiosamente pela música Hustler, só ouvimos coisa chata) e terminando com Miss Kittin (até o último segundo, às 8 horas da manhã).

Mas o evento ainda não tinha acabado, faltava ainda 1 hora seguida de Murphy a céu aberto, no Skol Live Stage. Já estava fazendo um calorzinho meio sinistro, e o cansaço tava batendo forte... Em resumo, desistimos de assistir "o Marky do techno", segundo DJ Butoke, trocando em definitivo o final de uma das baladas mais iradas do Brasil por uma caminha aconchegante, com sono tranquilo pra recuperar as forças e voltar pra Cidade Maravilhosa no dia seguinte. Claro que depois eu me arrependi, mas na hora não deu pra tomar outra decisão.



Resumo

O evento estava vazio, muito vazio, dando a impressão de estar "micado". Na frente do portão 14, na área VIP onde entramos, tentei vender meu ingresso "comum" nos dois dias, acabando por tomar esporro de um dos cambistas locais, e ouvindo um sonoro "pago 10 real" de outro, que ainda queria me pagar com uma nota de R$ 50,00 que ele deve ter impresso no dia mesmo, no conforto do seu lar. A falta de gente no evento, em geral, não foi o maior problema. Achei o público meio esquisito, mal arrumado (apesar do preço), além de ter tido muito pouca mulher pra socializar. :)

Acho que o evento sendo realizado em 2 dias fica muito melhor do que em 1 dia só, sem dúvida nenhuma, mas o pessoal da Ambev deveria se preocupar em fazer um marketing melhor, ou talvez reduzir o preço dos ingressos, ou ainda sei lá o que, pô - eles são especialistas nisso, deveriam correr atrás para que no ano que vem, mesmo fazendo em 2 dias, o negócio fique mais cheio e com mais mulher. :)

Que eu me lembre, foi isso. Ao longo do mês vou postando as principais fotos e vídeos que fizemos por lá. Pra fechar com chave de ouro, nosso vídeo do primeiro dia, cruzando o portão 14, entrando pela área VIP. Reparem que não tem NINGUÉM em volta da gente, e já passava de meia-noite!



Valeu! :)

Nenhum comentário: