quinta-feira, dezembro 13, 2007

MOO impessoal

No último domingo rolou a edição de aniversário de 3 anos da MOO, na Varanda do MAM, lugarzinho já mais que tradicional em termos de música eletrônica no Rio de Janeiro. Em primeiro lugar, achei muito estranho o evento ser num domingo, e ainda gostaria de entender porque eles fizeram isso, pois a maioria das pessoas normais trabalha durante o horário comercial, aí fica meio difícil de curtir a festa direito sem se preocupar com o horário de acordar no dia seguinte. Mas beleza.

Pra começar, estava um dia muito quente e abafado. Ao chegar na festa comecei a suar tempestivamente. Apesar do local ser aberto, não tava ventando suficientemente, de forma que se tivessem colocado uns ventiladores na pista ia melhorar bastante o clima. Dentro daquela parte de vidro tava rolando um ar-condicionado, que salvava de vez em quando - só quen não dava pra ficar o tempo todo lá dentro porque o som não era tão bom.

Uma coisa que achei mal planejada foi o sistema de venda de bebida. Acho que fiquei uns 40 minutos na fila, logo de primeira. Só começou a dar uma desafogada no final do evento. Os motivos, creio eu, foram o mau dimensionamento da quantidade de caixa e o despreparo dos vendedores. Um dos caras que tava no caixa eu acho que até conhecia de outras edições da MOO, mas não sei porque, tava mega enrolado, e demorava um tempo acima do tolerável pra entender o que você queria, calcular o preço, dar o troco e te entregar os tickets corretamente. O lugar onde eram servidas as bebidas até que estava tranquilo, com exceção do meio da festa, que bombou pra cacete e parecia uma choppada no Boqueirão.

Fora isso, as atrações da festa foram sensacionais. Dessa vez não cheguei a tempo pra assistir decentemente os dois residentes da festa tocando. Mas, ainda assim, curti Barem, Magda e Ritchie Hawtin. Na sequencia, achei o set do Barem o mais foda de todos (e era isso que eu já esperava). O cara tocou umas músicas conhecidas, no início, algumas de sua própria autoria, e outras de outros produtores, mas cujos remixes eram dele. Sensacionais! Logo depois veio a Magda, com um set altamente minimalista (até demais?). Pra fechar, já bem tarde, entrou o Ritchie Hawtin, que também mandou bem. Fui embora umas 3 horas da manhã, pois a consciência já estava batendo forte, então naõ deu pra ficar mais. A qualidade do som estava excepcional, e as projeções no telão também (apesar de que tinha um poste gigante em bem perto da pista que iluminava tudo e atrapalhava um pouco).

Vi pela festa o Leo Janeiro, Mauricio Lopes, Calbulque, Ricardo Estrella e João Paulo (do Emociona) - além, é claro, do Diogo Reis e do Eduardo Christoph. Pra mim, uma das melhores edições da MOO por conta do Barem. Achei que o local ficou um pouco impessoal, pois o público da MOO está acostumado a festejar no casarão das Casas Franklin, e a ir pra casa com o sol raiando forte. Nesse aspecto, nem parecia que era a MOO. Se eu pudesse dar uma sugestão aos organizadores da festa, seria a de voltar a fazer a festa no sábado, e sempre no local antigo.

Nota: 9,0!

No vídeo abaixo, Barem destruindo com um remix de Dust No. 4


Neste outro, Ritchie Hawtin mandando bala

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